domingo, 15 de março de 2015

As Revoluções Burguesas


A Revolução Puritana: Aconteceu na Inglaterra no século XVI durante a Guerra Civil (1640-1648) onde o rei e o parlamento se enfrentaram. O conflito se iniciou quando o parlamento impôs ao rei Carlos I a petição dos direitos onde dizia que problemas com impostos, prisões, julgamentos e convocações do exército só seriam possíveis com autorização do parlamento. O rei aceitou a imposição, mas não a cumpriu. Após uma reunião onde o parlamento criticou as atitudes do rei, o mesmo dissolveu o parlamento e governou sem ele por onze anos. As atitudes do rei começaram a formar revoltosos que começaram seus protestos na Escócia quando o rei impôs o anglicanismo aos presbiterianos e aos puritanos. A crise financeira pelo não pagamento de impostos em 1640, fez com que o rei convocasse novamente o parlamento, mas um mês depois foi novamente dissolvido por não aceitar aumentar os impostos como era a vontade do rei. Em 1641, o parlamento se dividiu entre líderes radicais e a aristocracia juntamente com os burgueses capitalistas.

Revolução Gloriosa: Foi uma revolução em grande parte não violenta (por vezes chamada de "Revolução sem sangue"[1]), que teve lugar no Reino Unido em 1688-1689, na qual o rei Jaime II, da dinastia Stuart, católico, foi removido do trono de Inglaterra, Escócia e País de Gales, sendo substituído por sua filha, Maria II e pelo genro, o nobre neerlandês Guilherme, Príncipe de Orange.

Jaime II. Rainha Maria II. Guilherme III, conhecido também como Guilherme de Orange.
Durante o seu reinado de oito anos, Jaime II tornou-se vítima da batalha política entre católicos e protestantes, bem como entre os direitos seculares da coroa e os poderes políticos do Parlamento.
O principal problema de Jaime II era não ser protestante, o que o limitava perante ambos os partidos do parlamento - os tories, conservadores, e os whigs, liberais. Qualquer tentativa de reforma tentada por Jaime era vista como suspeita.


Revolução Americana: Na passagem do século XVIII para o século XIX, com o declínio do Antigo Regime, o liberalismo político e econômico forneceu a base ideológica para a superação definitiva dos entraves que barravam o progresso capitalista. A era das revoluções, iniciada com a revolta dos colonos ingleses da América do Norte contra a respectiva metrópole foi o resultado de um processo de progressivo amadurecimento, ao, longo do século XVIII, das condições que iriam determinar, no último quartel desse século, a luta em prol de sua independência.
Ilustração como colônias de povoamento, os estabelecimentos ingleses da América do Norte já diferiam, por sua natureza mesma, do restante das colônias europeias na América, uma vez que se criou ali, desde cedo, uma classe de pequenos e médios proprietários agrícolas cuja lavoura de subsistência, vinculada quando muito aos mercados urbanos mais próximos, nada possuía em comum com o domínio metropolitano, em termos de dependência econômica.
O desenvolvimento de alguns centros do comércio marítimo, inclusive de construção naval, aliados às relações intensas estabelecidas com as Antilhas e a África, favoreceram uma burguesia mercantil e até mesmo um núcleo de burguesia industrial, a princípio tolerados pela metrópole, possibilitando-lhe rápidos progressos, à sombra mesmo do Atos de Navegação.
Quando no século XVIII, por razões conjunturais, a Inglaterra resolveu apertar as rédeas e aplicar de fato os princípios mercantilistas às suas colônias norte-americanas, defrontou-se com a oposição de quase todas as camadas sociais ali existentes, direta ou indiretamente prejudicadas por aquelas mediadas, excetuando-se os grandes proprietários do sul, ligados à agricultura de plantation, essencialmente exportadora.
Ilustração na verdade, portanto, salvo raras exceções, a revolta foi efetuada pelas camadas sociais já dominantes nas colônias, não havendo ali a substituição em larga escala de uma classe por outra. Pequenos proprietários agrícolas e setores burgueses apenas desvencilharam-se da autoridade inglesa e das famílias ou pessoas a elas ligadas por tradição ou interesse político. Simultaneamente, porém, aqueles setores coloniais dominantes procuraram assegurar a sua própria retaguarda, bloqueando as reivindicações dos elementos mais pobres - principalmente no campo, os sem-terra; postergaram a solução do problema escravista, por se tratar de ponto verdadeiramente crucial para os grandes proprietários do sul, cuja adesão se pretendia assegurar.
Ideologicamente identificada com a burguesia europeia dessa época, e talvez mais ainda com as ideias da Revolução Inglesa do século XVII, Revolução Americana conduziu à formação de uma República em que se procurou eliminar o excesso de autonomia dos Estados, antigas colônias, em benefício da autoridade federal. Nada melhor do que os debates que presidiram à elaboração da Constituição Americana em seus aspectos econômicos, sociais, políticos e ideológicos. O seu caráter revolucionário talvez só possa ser entendido e aceito adotando-se uma perspectiva bem mais ampla que nos permita abranger também a "guerra civil americana", já na segunda metade do século XIX.
Ilustração no quadro geral do mundo ocidental, podemos dizer que a Revolução Americana representou a tomada do poder pela burguesia colonial eminentemente agrária em suas origens, em detrimento, da oligarquia metropolitana, representada pelo Parlamento inglês.


A revolução francesa A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. Os ideais políticos (principalmente iluministas) presentes na França antes da Revolução Francesa também influenciaram a independência  de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.

A revolução Industrial:foi um conjunto de mudanças que aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX. A principal particularidade dessa revolução foi a substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e com o uso das máquinas.


Até o final do século XVIII a maioria da população européia vivia no campo e produzia o que consumia. De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo.

Apesar de a produção ser predominantemente artesanal, países como a França e a Inglaterra, possuíam manufaturas. As manufaturas eram grandes oficinas onde diversos artesãos realizavam as tarefas manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da manufatura.

A Inglaterra foi precursora na Revolução Industrial devido a diversos fatores, entre eles: possuir uma rica burguesia, o fato do país possuir a mais importante zona de livre comércio da Europa, o êxodo rural e a localização privilegiada junto ao mar o que facilitava a exploração dos mercados ultramarinos.

Como muitos empresários ambicionavam lucrar mais, o operário era explorado sendo forçado a trabalhar até 15 horas por dia em troca de um salário baixo. Além disso, mulheres e crianças também eram obrigadas a trabalhar para sustentarem suas famílias.

Diante disso, alguns trabalhadores se revoltaram com as péssimas condições de trabalho oferecidas, e começaram a sabotar as máquinas, ficando conhecidos como “os quebradores de máquinas“. Outros movimentos também surgiram nessa época com o objetivo de defender o trabalhador.
O trabalhador em razão deste processo perdeu o conhecimento de todo a técnica de fabricação passando a executar apenas uma etapa.
A Primeira etapa da Revolução Industrial
Entre 1760 a 1860, a Revolução Industrial ficou limitada, primeiramente, à Inglaterra. Houve o aparecimento de indústrias de tecidos de algodão, com o uso do tear mecânico. Nessa época o aprimoramento das máquinas a vapor contribuiu para a continuação da Revolução.

A Segunda Etapa da Revolução Industrial
A segunda etapa ocorreu no período de 1860 a 1900, ao contrário da primeira fase, países como Alemanha, França, Rússia e Itália também se industrializaram. O emprego do aço, a utilização da energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção do motor a explosão, da locomotiva a vapor e o desenvolvimento de produtos químicos foram as principais inovações desse período.
A Terceira Etapa da Revolução Industrial
Alguns historiadores têm considerado os avanços tecnológicos do século XX e XXI como a terceira etapa da Revolução Industrial. O computador, o fax, a engenharia genética, o celular seriam algumas das inovações dessa época.


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