A Anexação da Crimeia à Federação
Russa
A anexação da Crimeia e Sevastopol à Federação Russa é um processo de incorporação
da República da Crimeia - reivindicada pela Ucrânia como República Autônoma da
Crimeia - e da cidade de Sevastopol como subdivisões federais da Federação Russa.
Teve origem no Euromaidan, a revolução ucraniana iniciada no final de 2013 que culminou
com a destituição de Viktor Yanukovych, no que para o governo russo foi um golpe de
Estado. Depois disso, surgiu um conflito no sudeste da Ucrânia(de maioria russa), por
parte da população e de governos opostos aos eventos ocorridos em Kiev, que reivindicam
o estreitamento de seus vínculos (ou até mesmo a unificação) com a Rússia.
As regiões, que declararam unilateralmente a sua independência da Ucrânia, foram unidas
como uma única nação depois e pediram a anexação à Rússia de acordo com um
referendo que reflete tal desejo. A Rússia deferiu o pedido quase imediatamente através
da assinatura de um tratado de adoção com uma nação recém-formada. Os acessos, no
entanto, foram ratificados separadamente: um para a Crimeia como uma república e outro
para Sevastopol como uma cidade federal, resultando na criação de duas novas
subdivisões federais da Rússia.
De acordo com a Lei sobre Novos Territórios Federais, a península pode considerar-se
parte da Rússia desde o momento da assinatura do acordo intergovernamental em 18 de
março de 2014. Além disso, o período de transição terminará em 1 de janeiro de 2015.
No entanto, o processo de anexação não é reconhecido pela Ucrânia, que contesta o
tratado, não reconhecendo a independência da Crimeia e Sevastopol e considera a própria
anexação como ilegal, afirmando que o território continua formando a República Autônoma
da Crimeia e cidade especial de Sevastopol. O Secretário-Geral da OTAN, Anders Fogh
Rasmussen e vários líderes mundiais condenaram as ações da Rússia como
uma anexação ilegal. Esta adesão pela Rússia provocou a pior crise nas relações entre o
Oriente e o Ocidente desde o fim da Guerra Fria.
Presidente da Rússia diz que a
anexação corrigiu uma injustiça
histórica
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que a tomada de
Crimeia por Moscou corrigiu uma injustiça histórica, segundo
reportagem de agência de notícias deste domingo, citando um novo
documentário.
A anexação da península do Mar Negro da Ucrânia
em março de 2014 provocou a pior crise entre o
Ocidente e a Rússia desde o fim da Guerra Fria.
Putin disse não se arrepender.
"Não é porque a Crimeia tem uma importância estratégica na região
do Mar Negro. É porque tem elementos de justiça histórica. Eu
acredito que nós fizemos a coisa certa e não me arrependo de nada",
disse Putin, segundo a agência de notícias RIA, no documentário "O
Presidente".
Putin também afirmou que as sanções impostas pelo Ocidente depois
da anexação tinham como foco interromper o progresso da Rússia
como uma potência global.
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